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Desculpe, mas preciso da sua "chegança".



Se soubesse como gosto das suas cheganças, você chegaria correndo todo dia. Me acordaria aos berros toda manhã e diria que chegou para ficar. E se não bastasse tanta emoção, você faria o chamego de perguntar "onde guardo a bicicleta?" Ah, guarde onde quiser, responderia, jogue suas malas em qualquer canto, o importante aqui é que você quis ficar. Então, chega mais perto de mim, se junta, me abraça, me conta uma história, diz que a gente vai ficar juntos para sempre que eu acredito, eu não ligo em fingir, só quero sua chegada. Adoro sentir seu cheiro, seu cabelo, sua barba raspando, seus braços me aconchegando, tudo tão diferente de quando estou só, quero você aqui. 
 Quando você fica é como se eu tivesse a certeza de que tudo vai dar certo, de que as coisas estão perfeitas e de que continuamos o mesmo casal apaixonado.  O mesmo de tempos atrás. Com idas e vindas. Encontros e desencontros. Começos e fins. Eu e você. Sem regras, só deixando o amor acontecer e partir quando quiser. E é assim que você vai e volta, e eu te espero sem cobranças, com anseios, com saudade.
   Mas hoje, eu aqui sem você, em nossa cama quente, com nosso acolchoado macio, tomando o nosso café quente, penso sobre as curvas da vida, das paradas, dos acidentes, dos pedestres, das multas e de como o trânsito da vida é cruel com quem ama. E só o que eu queria é te abraçar bem forte, passar as pernas em volta da sua cintura e te puxar para perto de mim. Ah, se eu pudesse colocar você dentro de mim e te guardar seguro para sempre, teria então a certeza de que você não fugiria por ai a cada tempo ruim. Mas eu não posso e não te reprimo, talvez porque o nosso amor só dá certo, porque nos damos um tempo para sentir saudade. Saudade das suas cheganças e das suas ficadas. Então, chega logo e vem fazer amor comigo, como sempre continuo aqui, esperando.

Mônica Monteiro











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