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Desculpe, eu saí de cena.



      Te imponho minha presença e você desfila seu humor forçado. Te jogo meus ciúmes bobos e você exibe sua nova cobaia. Brinco com a gente, você poetiza sobre nós. Você é o cão e eu o gato. Ora te perseguindo, ora sendo perseguida. A verdade é que eu gosto desse nosso chamego, me acostumei com o nosso "vai e nunca vem", mas não gostei dela. Não em nossa história, não entre mim e você. Portanto, reveja esse roteiro porque aos poucos eu vou esquecendo de você, aos poucos deixo de me importar com o que falo ou faço ao seu lado, aos poucos você vai perdendo a graça e aos poucos eu vou esquecendo as falas.

   Se era um choque que você queria me dar, dessa vez, você conseguiu, falhou. É patético, bobo, incoerente, para resumir é ela. Não faz sentido. Ela estraga tudo. Eu sou a protagonista, era assim nosso jogo. Mas penso eu que apesar de parecer um teatro mal interpretado, você tenha realmente partido para outra e desistido de "nós", mas cadê a carta de despedida? Cadê o primeiro e último beijo quente? Cadê seu último abraço que preenche? Preciso disso, preciso para não sofrer com sua ida, preciso para saber que pelo menos uma vez nós fomos apenas "nós", mesmo que no passado.
    Vou esperar seu adeus, crente que talvez você escolha não alterar o roteiro. Afinal vai ser difícil apagar todas as vezes que você jurou amor com meu nome e colocar o nome dela. Mas se isso não for o que você quiser. Então vá em frente. Prossiga. Me abandone. Para ser sincera, isso é tudo o que se deve esperar de um meio homem completamente covarde. Mesmo assim não sei porque insisto tanto nessa história, já que você fez bem em partir e deixar pra lá. Porém, não sou como você, não sei deixar para lá quando o meu coração esquenta ao seu lado e congela quando ELA está.

Mônica Monteiro

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