Paz, eu quero paz. Já cansei de ser a última a saber de ti. Se todo mundo sabe quem te faz feliz, já cansei de imaginar você com ela. Diz pra mim amor se vale a pena, a gente ria tanto desses nossos desencontros, mas você passou do ponto e agora já não sei mais. Ah, eu quero paz. Quero dançar com outro par para variar, não dá mais para fingir que ainda não vi. As cicatrizes que ela fez, dói demais. Se desta vez ela é senhora desse amor, pois vá embora. Por favor, pois não demora para essa dor sangrar.
Adeus você, hoje vou pro lado de lá, eu tô levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar. Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar, cuida do teu pra que ninguém te jogue no chão, procure dividir-se em alguém. Procure-me em qualquer confusão. Estou aqui para você, inteira. Levanta e te sustenta. Quero ver você maior, meu bem. Pra que minha vida siga adiante, mas dói te ver ir, mas não pensa que eu fui por não te amar.
Adeus você, teu choro não me faz desistir, teu riso não me faz reclinar, acalma essa tormenta. E se aguenta, que eu vou pro meu lugar. Às vezes se perder sem ter porquê, sem ter razão é um dom. Saber envaidecer por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor para que minha vida siga adiante. Mas ligue, ligue, ligue, ligue, ligue para mim. Diga, diga, diga, diga, diga que me ama. Que eu não vou mais implorar, se quer saber deixa estar. Digo que não ligo, mas não vivo sem você. Eu falo, não me calo, tiro sarro só pra ver se eu consigo despertar seu amor. Ah, deixa estar. Eu sei que na verdade não consigo entender o nosso amor.
O teu silêncio fala alto no meu peito e nós dois estamos juntos na distância. Discrepância do destino. Ziguezagueando zonzo de te procurar. Eu tranco no meu pranto, canto alto de euforia porque eu queria mesmo é te cantar. Porém, guardo para mim. Deixa estar. Sei que fez um mês entre vocês de união. Pouco, muito pouco, quase nada. Nessa estrada você está na contramão... Deixa estar. Vocês vão aprender que nessa vida, não se pode mais errar. Vão descobrir que entre as estrelas e o chão, existe o mar. Aí então a euforia, um belo dia vai passar. E cairá sobre seu mundo, num segundo, a traição.
Confesso, não dá mais pra mim pra eu poder viver aqui, sem ter a ti. Não dava pra prever, que não ia mais te ter. Não dava pra saber que ia me deixar. Me trocar por outro alguém. Olho para trás, a ver a alegria que você não foi capaz de me causar. Penso nesse tempo que passei sem perceber, que não queria mais. E hoje estás com outro alguém. Deixa estar. Mas eu ainda quero você.
Esse texto é para você.
Mônica Monteiro
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