Desculpe, quero você moreno

    

  Hey menino do cabelo enroladinho, com sorriso bonitinho, que flertei pelo olhar e sorri acanhada pela atitude desenfreada que só uma apaixonada faz. Hey, menino do cabelo enroladinho, talvez hoje ou amanhã chegue uma carta para você, lhe informando do auê que você fez no meu coração. Parece clichê e realmente é, mas me ajude definir aquele arrepio que sinto quando olho para você. Me dê uma explicação científica do porquê eu sorrio quando você sorri. Se você me ajudar a comprovar por meio de teorias essa paixão louca, abandono meu versos e prosas e mergulho nas suas equações matemáticas bobas.

     Olha só moreno, quer saber, deixa de lado seus cálculos, de louco aqui, já basta eu. Quer me ajudar mesmo? Poupe-me de tocar sua pele. A cada toque você não sabe, mas um vulcão entra em erupção dentro de mim. É como se todas as milhares, milhões, bilhões, trilhões de células que existem em mim gritassem todas de uma vez e revoltosamente: "te quero!". Será que você consegue entender? Porque eu  já desisti.   E resolvi então confessar, eu e minhas células revoltadas, estamos apaixonadas por você. 

      Peço moreno, que você veja em meus olhos as músicas que compus, os textos que escrevi e as loucuras que criei. Seria bom que você aproveitasse e assistisse o teatro que faço antes de dormir. Acredite, você me beija antes da plateia sair. E ali somos felizes por eternidades. Eu, minhas células, você moreno, seu cabelo enroladinho. Sai correndo desse seu mundinho, vem morar no meu. Olha só, moreno do cabelo enroladinho, vê se olha com carinho para o nosso amor. Eu sei que é complicado amar tão devagarinho e eu também, tenho tanto medo. Sei que o tempo anda difícil e a vida tropeçando, mas se a gente vai juntinho, vai bem. Olha que lindo isso: eu e você!

Mônica Monteiro