
Desculpe, assassina, assumo.
Delegacia gelada. 3 da manhã. Uma sala. Delegado. Café. Perguntas. Matei ? Porque quis oras ! Quando, ontem mesmo, lá pelas dez da noite, e vale acrescentar, a sangue-frio. Comparsas ? Não não, agi sozinha, heroicamente sozinha, devo dizer. Motivos ? não vale a pena dizer, está morto não ?! Sou obrigada ? não, não sou. Se me sinto culpada ? Definitivamente não. Ou eu ou eles. Eles ? Sim, Não podia matar um e deixar os outros então, matei os demais. Se eu estou ciente que isso multiplicará minha pena ? Claramente. Mas pelos céus, qualquer pessoa faria se estivesse em meu lugar, pois matei, rapidamente e sem piedade, sem delongas, sem ressentimentos, sem culpas, isso não demonstra que eu seja algum tipo de psicopata, ou coisas do gênero, sou humana, e por ser tão de carne. matei. mesmo e te digo de boca cheia e peito aberto. Precisava ser morto, só fiz o que muita gente não faz, porque o espanto ? Matei mesmo. Meus medos, meus tabus, minhas manias, minhas saudades, e sinto dizer que nessa matança muita gente foi junto, pois foi. E uns que eu fiz questão de matar, não aguentava mais ver, pessoas fazendo as malas, com a minha felicidade dentro,e matei , e matarei mais quantos precisar . Devo confessar que matei até um pouco a mim, pois regenero, e tenho em mim que é melhor cuidar de um órgão doente do que de um órgão totalmente morto, e antes que matassem a mim, matei. é a lei. e agora minha única pena, é ser obrigatoriamente feliz, por daqui uns 30 anos ou mais.
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