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Desculpe por desconhecer tão pouco.




(Suspiro) um minuto e os dedos tornam-se involuntários, merda. Acho que escritores, tem um "quê" de insensatez na alma, de conversar com objetos inanimados, com computadores, máquinas de escrever, lápis, papéis em busca de respostas que, na maioria das vezes não serão provenientes de qualquer um destes, e mesmo assim, nos desatamos a escrever, como se as palavras fossem as últimas, como se ao chegar ao final da página, estará lá o pote de ouro. Tive um sonho , sonhos me perturbam, por quase sempre não saber o que fazer deles ou com eles, e geralmente estes sonhos, só aparecem para estagnar desejos que na maioria das vezes são improváveis de serem saciados, de situações hipotéticas onde tudo pode acontecer, inclusive eu e você. Foi construída uma ponte. Entre eu e mais alguém, ponte cuja, não me arriscarei a passar, pois há risco de um não retorno. Oras, eu não estou entendendo uma série de coisas, engraçado isto, sentir-se coadjuvante da própria história, talvez uma crônica cotidiana atemporal, e sem nenhuma emoção, esbarrando em pessoas como em objetos aqui, e deixando outros lá, e que não se empolguem , ida e voltas fazem parte que qualquer "enredosinho" infantil.  Também não vou cair em clichê e falar "que a vida é com aqueles que ficam" ; Não Senhor ! Minha vida foi, e muito, com aqueles que foram, estes turistas de vida, que tanto me ensinaram e se foram, foram por algum motivo e não devo desmerecer-lhes por isso, pois eles foram, mas me deixaram experiencias, e cada pessoas que se vai , é mais uma vida que fica, aqui , e ser acrescentada de vidas é maravilhoso, pois faz mais resistente, mas forte às outras, que tão tolas , procuram pessoas que fiquem. Claro, não sou louca, quero também alguém que "fique" mas que fique não por mim e não comigo, que fique pelo calor da alma, que fique com a minha insensatez, que fique com o que eu não sou, porque achar alguém com qualidades e defeitos que eu possuo é fácil, quero alguém que possua o desconhecido, quero ter a sensação de estar pulando um muro, sem saber o que encontrar do outro lado. E então, me decepciono, percebo que não sei nem o quem há o meu lado do muro, e vejo que o desconhecido não é lá tão distante daqui, pelo contrário, muito grudado a mim. Irônico. E como , não saber mais o que esperar de alguém só me resta concordar com Clarice quando diz "Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, e falta de ar".






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